sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Sobre Amor

Divagando entre as flutuações de meus pensamentos, entre as impossibilidades do amor, conclui sobre suas possibilidades.

Que este nada mais é e não seria menos que um fragmento deste mundo, paralelo e ainda assim onipresente a este. Apenas notório aos loucos.

Eles que tomam partido do que querem, mesmo sabendo por quantas infindáveis escolhas terão que atropelar.

Estando o mundo fragmentado, outro seria composto pelas nebulosidades da razão. Seria este a ascensão ou a queda da humanidade?Um estado de eterna busca por respostas que já óbvias.

Ah, mas o amor, incansáveis devaneios recriados mil vezes se preciso, para não acabar o sorriso. Irrequieto repouso. Abismo de dois precipícios, como um bêbado que tenta se equilibrar, mas apenas pode escolher para qual lado vai cair.

De um lado, um abismo de delírios juvenis em campos floridos e alegres onde o próprio amor se basta.

De outro, um mergulho profundo nas inquestionáveis incertezas da mente, que viperinas, corroem o mel do amor a doce esperança. Sobrevive sozinho o amor?

Fica-se então assim, equilibrando, bambeando, transitando de um estado de insanidade a outro, entre poesias e suplícios, suspiros e martírios sobre as inesgotáveis possibilidades do amor.

(Escrito em 2008)