quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Eco Encheção de Saco

Ha alguns dias eu assiti, num cine clube, um filme de produçao local. Nele era questionado assuntos como, "valor da natureza", "o que fazemos para salvar o mundo" e uma critica ferrenha ao capitalismo.

Interessante, vamos sim fazer algo para a natureza. Mas me soou como uma hipocrisia, tanto discurso ecologico e tanta critica ao capitalismo.

Nos onibus da cidade, estao espalhados por todos os lados eco mensagens para formar eco cidadaos, mas sempre fico com a impressao, de que essas mesmas pessoas que tentam nos causar essa eco culpa, tambem nao fazem nada eco-logico.

Talvez teriam salvado mais o mundo se tivessem ido catar lixo na praia inves de ter feito um filme ou marketing em onibus.

E nao adianta mais criticar o capitalismo, nos pertencemos a ele e por ele somos formados.

Sim, podemos apontar seus defeitos mas nao culpa-lo de todo o mal da humanidade. Esse mal somos nos, seja no capitalismo, no socialismo e outos ismos.
E, nao fosse o "monstruoso capitalismo", nao seria possivel a feitura de filmes independentes, a camera filmadora, foi comprada pelo sistema capitalista.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Solitarios?

Apos uma releitura de minha ultima postagem, conclui algumas coisas, inuteis, de certo, mas que nada custam.

Ainda que solitários, nao estamos sozinhos.

Tudo o que vemos de uma outra pessoa, de alguma forma absorvemos alguma coisa.

A leitura que fazemos de uma postagem, de um livro, ou a musica que ouvimos de um compositor, faz com que compartilhemos deles, quem eles sao.

Pelo outro lado, aquele que escreveu, ou que nos chamou atençao na rua, por ter um largo sorriso, nao esta sozinho. Por que os notamos, sabemos de alguma particularidade da pessoa (ou nem tao particular assim).

E da mesma forma que somos leitores de outras pessoas, somos lidos.






O Encontro

Muitas vezes, temos exata noçao sobre certas coisas. Mas um ajuste focal melhora muito.

Ao sair da cidade do Rio, me tornei mais carioca do que nunca.

Eu ja sabia que era apaixonada pela cidade. Mas pelo o que? Estando de fora, posso melhor comparar o que há dentro e o que há fora.

Percebo agora detalhes da cidade que me eram tao naturais que nao fazia ideia que compunham uma parte da identidade local.

Aquelas coisas que eu ja era apaixonada, que sao a identidade do Rio, vejo hoje como parte da minha propria identidade. Por que longe dela, sinto falta como de algo em mim mesma. E ao me reencontrar com ela, me reencontro. Pois o que me compoe culturalmente, compoe minha identidade.

Curioso como, precisamos sair para se encontrar.

Mas essa identidade que o Rio me proporciona, sou tambem agente dela. Nao existiria a cara do Rio se nao existisse as pessoas do Rio.

Ps.: Obrigada Fernando Gralha, por mais uma vez, em nossas naturais conversas, vc me ajudar a abrir a minha mente.