Certo dia, pela manhã, enquanto esperava o ônibus que me levaria ao trabalho, sentei-me na calçada para melhor observar a paisagem.
Do outro lado da rua, num terreno baldio, um homem iniciou seu trabalho. Munido de uma ceifa, o homem ceifava com vontade, o mato.
Ocorreu-me que certas coisas não podem ser apenas arrancadas ou simplesmente retiradas. Tampouco esquecidas ou deixadas de lado. É necessário mais. È preciso ceifar.
Sim, porque cortar é preciso. Basta a hora escolhida, a força e a vontade. Basta o mato.
Basta ceifar. Ceifa, ceifa, ceifador!
Senão a vida vira um terreno baldio.
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