Clarice não
conseguia dormir. E também tinha medo de acordar. Os barulhos debaixo da cama,
só podiam ser uma coisa, havia um monstro lá.
Também havia um monstro no espelho e outro na porta da rua, assim como
em outros lugares. Nunca viu, mas não restavam dúvidas.
Houve um dia que
Clarice viu. E debaixo da cama, o monstro que a assustava, era ela mesma. E uma
a uma, Clarice foi vendo todas as Clarices de que tanto tinha medo.
Eram todas
partes da travessura de uma mesma Clarice. E assim conviviam , as Clarices de
vontade inconsciente e a Clarice aparente. Qual delas ali estava, ninguém sabia
, mas foram todas as Clarices que tornaram-se uma.
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